terça-feira, 14 de junho de 2016

Caminhos de brasas, flores no altar



A grande muralha enfrentada pelos casais de hoje é percorrer sobre brasas e colocar flores no altar. Porém, em nada adianta a escolha pelo dissabor do andar a dois quando na realidade está mais sozinho(a) do que se estivesse só. O estar sozinho(a) pode ser multi interpretado diante das incertezas e dúvidas mentais banhadas pela insatisfação eterna do ser pessoa. Quando consegue adquirir o estado de humano, automaticamente reconhece que a solidão é brasa que queima, mas não dói, bem como que as flores não estão somente no altar, mas em todo o caminho trilhado com amor próprio. As civilizações mais antigas apontam para o dever cumprir com responsabilidade de procriação, mas também se esquece do livre arbítrio para seguir a jornada com as escolhas peculiares a querer e poder estar bem consigo, primeiramente. Não adianta dormir no quarto ao lado, quando na realidade gostaria de estar em outra casa, outra cidade, outro estado, outro país... A maior distância possível daquela pessoa que violou todas as regras sentimentais de aproximação. Para se ter uma conversa honesta a respeito é preciso primeiro deixar as armas e máscaras que sustentam a vítima na história, ao passo em que tudo começa com a limpeza interior. Falta de confiança, amor próprio, sentimento de inferioridade... Tudo vai sendo acumulado e empurrado com a barriga, para o depois resolver por força e misericórdia divina. Tem gente que até pede a morte do (a) companheiro (a) para alívio da inabilidade de seguir a vida sustentando as escolhas. Nada pode ser como antes, mas o agora quem continua a escrever é você. Lave sua alma com lágrimas, mas depois siga e respeite a oportunidade de vida que você está inserido (a). A palpitação no peito pode seguir em velocidades mil, mas o despertar para a verdade é bastão de sabedoria que serve de lamparina para mentes escuras e perdidas. Não há regras a seguir quando estamos falando do amor. Este parece com semente virgem que, sendo regada diariamente com respeito, cumplicidade, lealdade e companheirismo, vão crescendo rumo ao infinito. Ter e não ter alguém ao lado, às vezes pode ser armadilha do ego. Tem gente que tem para mostrar, tem para satisfazer desespero íntimo, tem para satisfazer a família, tem para ocultar preferência sexual diversa, tem para somente ter. Quando o assunto é amor, este pode ser roubado de forma imperceptível e deixar quem achava ter amando sozinho ou pelas duas pessoas. Há quem diga que um harém é possível diante da possibilidade de amar mais de uma pessoa para juntos terem um relacionamento saudável e respeitoso. Fuga de responsabilidade? A resposta parece ser individual, mas o ponto final merece o agora. Muita paz! Lucius

Canalização de Thyago Avelino, em 14 de junho de 2016.